Não sei o que te hei-de escrever. Penso, penso, apago, reescrevo. Por mais que tenha pensado e estudado uma maneira de dizer isto, nada fica bem, nada rima, nada é realmente a expressão daquilo que eu sinto hoje, agora, neste dia tão especial. Quero que sejas muito feliz, ouviste? Que os dias passem ser dares por eles, que as saudades um do outro sejam insuportáveis quando estão separados, que queiram dar beijos na boca um ao outro todos os dias – e todas as noites -, que nunca adormeçam zangados um com o outro. Que se aborreçam quando a exigência do outro baixa, que refilem quando sentem que o outro devia esforçar-se mais, refilar mais, exigir mais. Que queiram sempre a presença um do outro, que sejam os melhores amigos como só os apaixonados sabem ser, que se admirem, que se respeitem, que dêem as mãos sem pensar e que o conforto de fim do dia seja no abraço dos braços um do outro. Que, no fim de contas, todos os caminhos teus, minha Meg, vão dar ao João. E que, por mais voltas que o João dê, toda a procura de conforto, de compreensão e de amor vão dar às tuas mãos de unhas impecáveis, à tua gargalhada nem sempre fácil, ao teu refilar tantas vezes exagerado, ao teu “oh céus” de drama queen. Que confiem, que sejam sempre o porto seguro um do outro. Que o tempo para estarem juntos saiba sempre a pouco, naquela eterna insatisfação dos apaixonados que têm sempre o que dizer mesmo que passem horas a tagarelar em silêncio. Que os teus olhos nunca deixem de brilhar ao falar nele. E que os dele também se iluminem sempre, a cada vez que alguém fala de ti ou sempre que o telefone toca e és tu. E, sobretudo, que sejam um para o outro. Se essa é já a nossa certeza, façam-nos o favor de fazer dela também a vossa. Para sempre.
Entrada Na Nossa Agenda a propósito do casamento da Meg e do João. Hoje é isto.